terça-feira, 25 de agosto de 2009

Direita sem agenda, governo sem ousadia


O episódio Lina versus Dilma, e a teimosia renitente da oposição em voltar ao tema demonstra claramente a falta de agenda do PSDB, DEM e outros para enfrentar o debate político.A oposição não consegue elevar o nível.Há tempos em Brasília não se trata de problemas efetivamente importantes no congresso nacional.

Infelizmente, a atitude de Dilma não ajudou.Fica claro que houve o tal encontro e provavelmente, um assunto que poderia ter se tornado corriqueiro desgasta a provável candidata de Lula e do PT.

Lula continua o inabalável.As pesquisas do IBOPE demonstram que quase um terço do eleitorado hoje, votaria em um candidato apoiado por ele.A crise financeira internacional, bem diferente do que pensavam seus opositores não causou o estrago esperado e a economia brasileira, fruto dos investimentos públicos, renúncia fiscal e políticas de inclusão social vai se recuperando.

Por outro lado o fato novo de possível candidatura de Marina Silva pelo PV, ameaça a eleição plebiscitária pensada por Lula.E demonstra que a eleição presidencial pode ter ingredientes novos, quem sabe, uma discussão programática mais rica, em que pese os limites do PV.

Além disso, o PSB se assanha e alguns setores pensam na possibilidade de que apresentem-se mais candidaturas na base de Lula do que ele mesmo gostaria.

O bom mesmo seria que Lula, aproveitando um momento de falta de propostas da oposição, coordenasse uma contra-ofensiva capaz de acelerar as mudanças que precisamos.Reformas importantes ainda são postergadas.A reforma política, a reforma tributária, a reforma agrária são emergenciais.Não sabemos o que o destino nos reserva e se hoje temos um governo mais avançado é necessário trabalhar com mais afinco para que as mudanças aconteçam.O comodismo nunca foi bom pra nenhum governo.É necessário ousar e não contar em absoluto com a capacidade da galinha de colocar ovos em 2010.

O Brasil, a exemplo da América Latina, pode viver um momento rico no ano que vem, desde que tenhamos a capacidade de colocar o destino do Brasil na pauta e não apostemos em fazer uma eleição em banho-maria.É preciso ousar.
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3 comentários:

  1. Totalmente de acordo com você. Sobretudo quando observa a cena internacional com a América Latina despontando como novidade num mundo em desconstrução: é hora de ousar e avançar em direção à utopia de um novo Novo Mundo. Vemos que no desespero da crise econômica e a gravidade da mudança climática o velho mundo está sendo carregado nas costas dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), dos quais o mais novo, com apenas 500 anos de história; é justamente chamado "o país do Futuro". O eleitor de 2010 votará sobre esse futuro. Nessa direção o caminho fica à direito ou esquerda? Pense nisto o cidadão e não se deixe mais iludir pelos ibopes da vida. 4 anos é pouco para prosseguir, mas muito quando se tropeça e tem que levantar e recomeçar a caminhar.

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  2. Muito boa observação que nossa companheira colocou em pauta. Nós como parte da massa popular temos que atentar e cobrar dos nossos representantes e também saber que somos responsáveis pelo próximo presidente em 2010. Temos que sempre acompanhar o que se passa no planalto pois uma massa popular conciente e por dentro dos assuntos vigentes será um povo evoluído e não alíenado por mentiras e contra informações.

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  3. Parabéns pela retomada do 'Opinião Amazônica' Leila. Estou acompanhando sempre e já linkei na minha lista de Favoritos.

    Abraços e Até.

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